Por que é tão fácil desanimar das metas ao longo do ano?

Você começa o ano cheio de energia, já imaginando a versão incrível de si mesmo que vai surgir. É a época das listas, planejamentos e promessas. Mas, de repente, chega março (ou mesmo fevereiro) e aquela empolgação inicial começa a desvanecer. Por que isso acontece?

A resposta pode estar na psicologia da motivação e na forma como nosso cérebro reage às metas. Vamos explorar os fatores que levam ao desânimo, o impacto do pico de energia inicial e, mais importante, como você pode contornar isso.

A energia inicial: o “pico da fantasia”

Quando você pensa em uma meta, seu cérebro ativa o sistema de recompensa. Apenas imaginar aquele objetivo alcançado é o suficiente para liberar dopamina, o famoso “hormônio do prazer”. Você sente uma explosão de entusiasmo e confiança. No entanto, essa “euforia do planejamento” é temporária. Ela se baseia mais na ideia do que no trabalho necessário para chegar lá. 

A “queda de energia”: quando o trabalho começa

Assim que você precisa agir, seu cérebro muda de marcha. Agora, o foco é na execução, que nem sempre é tão glamorosa quanto a fantasia inicial. As seguintes questões psicológicas entram em jogo:

  1. A resistência ao desconforto: Metas exigem mudança, e mudança pode ser desconfortável. Nosso cérebro, programado para buscar conforto e evitar esforço desnecessário, começa a criar resistências.
  2. A falta de recompensas imediatas: Em muitas metas, os resultados demoram a aparecer. Essa “recompensa atrasada” diminui a motivação inicial.
  3. O excesso de expectativas: Quando colocamos metas muito altas ou muito gerais (“quero ser mais saudável”, por exemplo), fica difícil medir o progresso. Isso aumenta a sensação de fracasso.

Por que é importante entender esse processo?

A consciência de como o cérebro reage às metas ajuda a criar estratégias mais realistas e sustentáveis. Além disso, estudos em psicologia comportamental mostram que pequenos ajustes na abordagem podem fazer toda a diferença. Por exemplo:

  • Foco nos hábitos, não apenas nos resultados: Ao estabelecer um objetivo, divida-o em micro-ações diárias. Quer ler mais livros? Comece com 10 minutos de leitura por dia.
  • Celebração do progresso: Nosso cérebro ama recompensas, então celebre cada pequeno passo dado. Isso reforça o comportamento positivo.
  • Flexibilidade: Não seja tão rígido consigo mesmo. Metas podem (e devem) ser ajustadas conforme sua vida muda.

Como superar o desânimo?

  1. Revisite suas metas regularmente: Reserve um momento mensal para avaliar seu progresso e ajustar o que for necessário.
  2. Lembre-se do “porquê”: Conecte suas metas a valores pessoais. Por exemplo, se seu objetivo é economizar dinheiro, pense em como isso vai ajudar na sua tranquilidade financeira ou em sonhos maiores, como viajar.
  3. Evite comparativos: Cada pessoa tem seu ritmo. Foque em sua própria jornada e nas vitórias que você está alcançando.
  4. Tenha uma rede de apoio: Compartilhar suas metas com amigos ou parceiros pode ser um grande incentivo. Vocês podem trocar dicas e comemorar juntos as conquistas.

Conclusão: Planejar é apenas o começo

Desanimar das metas é normal, mas não precisa ser o ponto final. Entender os altos e baixos da motivação ajuda a criar estratégias mais realistas e sustentáveis. Afinal, o que realmente importa não é o ritmo da caminhada, mas a determinação de continuar em frente.

Com carinho, sua psi.

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